Um
estudo da universidade sueca Uppsala publicado online nesta sexta-feira, 17, na
revista científica Nature, conclui que ter um cão pode reduzir o risco
principalmente de doenças cardiovasculares, mas também outros problemas de
saúde. Isso porque eles dão apoio e motivação para a prática de exercícios
físicos, explica o estudo. Portanto, não é surpresa que as raças consideradas
de caça foram as que mais reduziram o risco de doenças do coração para os donos.
Apesar
de os pontos positivos serem observados na população em geral, os solteiros
parecem ser ainda mais beneficiados pelos cães em casa. Para eles, assim como
para os idosos, ter um pet não aumenta apenas a frequência de prática de
atividades físicas, mas também alivia a sensação de isolamento social.
Os
pesquisadores responsáveis pelo estudo reconhecem que diversas pesquisas já
haviam mostrado possíveis correlações entre ter um cão e ser mais saudável, mas
afirmam que sempre houve limitações nas descobertas. Esta pesquisa, por outro
lado, analisou dados de mais de 3,4 milhões de suecos durante 12 anos
Para
selecionar os participantes, houve o cuidado de excluir a parte da população
com menor risco de desenvolver doenças cardiovasculares. Portanto, a faixa. de
idade dos participantes era de 40 a 80 anos completos em 2001. Mesmo entre
eles, alguns precisaram ser excluídos da pesquisa por diversos fatores, como
falta de informação no sistema médico do país ou os que haviam passado por
certas cirurgias no coração.
Um
facilitador para o estudo foi o sistema de identificação de cães na Suécia.
Desde 2001, todos os cachorros têm um identificador único, que pode ser uma
tatuagem na orelha ou um chip subcutâneo, registrado no Conselho de Agricultura
do país. As informações sobre os pets foram cruzadas com os dados sobre as
causas de morte dos indivíduos.
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