O percentual de famílias brasileiras com
dívidas fechou 2017 em 62,2%, acima dos 59% de 2016. Os dados, registrados em
dezembro, são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) e divulgada hoje (5) no Rio de Janeiro.
As famílias inadimplentes, isto é, com dívidas ou contas
em atraso, ficaram em 25,7% em dezembro, acima dos 24% de dezembro de 2016. Já
o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar as suas
contas ou dívidas em atraso ficou em 9,7%, acima dos 9,1% de dezembro de 2016.
A proporção de famílias que disseram estar muito
endividadas ficou em 14,6%, mesmo resultado de dezembro de 2016. O tempo médio
de atraso para o pagamento de dívidas foi de 64,3 dias em dezembro de 2017,
superior aos 63,8 dias do mesmo período do ano anterior.
Para 76,7% das famílias que possuem dívidas, o cartão de
crédito permanece como a principal forma de endividamento, seguido de carnês
(17,5%) e financiamento de carro (10,9%).
Comparação com novembro
O percentual de famílias endividadas em dezembro (62,2%)
manteve-se estável em relação a novembro, depois de cinco altas mensais
consecutivas.
Os inadimplentes passaram de 25,8% em novembro para 25,7%
em dezembro. Já as famílias sem condições de pagar as dívidas em atraso caíram
de 10,1% em novembro para 9,7% em dezembro.
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