O Rio Grande do Norte é o primeiro estado do Nordeste a realizar um
procedimento cirúrgico com a técnica estereoeletroencefalografia (Stereo-EEG).
De acordo com o neurocirurgião Thiago Rocha, esta técnica é uma “luz” para os
pacientes com epilepsia refratária ou fármaco-resistentes, termo usado para os
pacientes que não respondem ao tratamento com medicamentos.
“O grande
desafio na cirurgia de epilepsia é a localização da região cerebral que está
gerando as crises. Esta técnica permite diagnosticar de maneira precisa a
localização do foco epiléptico e consiste em implantar eletrodos em regiões
cerebrais acometidas pela doença. Uma vez implantados os eletrodos cerebrais, o
paciente é monitorizado através de um aparelho de vídeo-EEG e avaliado de
maneira contínua por um Neurofisiologista”, explica. “Com a ajuda dessa
técnica, localizamos o foco epiléptico e programamos posteriormente a retirada
dessa região cerebral que está doente, melhorando o prognóstico e dando mais
resolutividade para o controle da doença”, relata o neurocirurgião precursor da
técnica no Estado.
Descrita
pela primeira vez na década de 50 por Bancaud e Talairach, na França, a
estereoeletroencefalografia é uma técnica recente no Brasil.
0 Comentários