A Secretaria de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte (Sejuc) assinou segunda-feira um contrato e uma ordem de serviço para entregar um novo módulo com capacidade para 400 presos na penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta, Grande Natal. O novo prédio, construído com monoblocos de concreto, deverá ser entregue em dezembro e vai custar R$ 10,9 milhões dos cofres do Governo do Estado.

“Assinei o contrato e já iniciamos a terraplanagem de uma área que fica na parte de trás de Alcaçuz. Essa obra deve durar 30 dias e logo em seguida será iniciada a montagem dos blocos. Pelo contrato, o novo prédio estará pronto para receber detentos já em dezembro próximo”, falou o titular da Sejuc, Leonardo Arruda. Na próxima segunda-feira, engenheiros da empresa contratada para a obra, a gaúcha Verdi Construções, deve visitar Alcaçuz e preparar o início da construção.

Durante a obra de terraplanagem, a Verdi Construções fará o transporte dos monoblocos. “Ao todo, são 39 toneladas de concreto. Uma carreta tem capacidade de transportar apenas duas celas. Por isso vamos iniciar essa logística logo”, falou Arruda.

O contrato prevê a construção de 50 celas com capacidade para abrigar oito detentos e mais duas individuais, que serão usadas para triagem de novos presos. Leonardo Arruda disse que ainda não sabe se esse novo módulo vai ser usado para receber presos provisórios ou condenados de Justiça. “Isso ainda será visto quando retornar a Natal. Mas já adianto que o módulo de monobloco é mais seguro que o convencional, é construído de forma mais rápida e ainda tem a manutenção mais barata”, concluiu. Com mais essas vagas criadas, Alcaçuz, que já custodia 600 detentos, vai assumir mais o perfil de complexo penal. “Hoje, já não existe ligação entre os pavilhões e isso deve aumentar com a ampliação”, afirmou o secretário, explicando que o “baixo” valor é consequência da estrutura que já existe.

Site informa o que é o ‘módulo de monobloco’

O site da Verdi Construções informa que os monoblocos multifuncionais são pré-fabricados industrialmente com materiais de alta performance, em um sistema de modulação. “Isto possibilita uma gama incontável de soluções arquitetônicas, todas de segurança máxima, com diversas capacidades e áreas construídas, sempre priorizando a humanização, o que favorece a recuperação do preso, valoriza o funcionário e facilita a administração.

É a aquisição de qualidade com a ótima relação custo/benefício durante seu tempo de uso”, diz um texto no site da empresa gaúcha.

A proposta, ainda de acordo com o site da empresa, “é baseada no diagnóstico do sistema prisional brasileiro de superlotação, alta degradação dos edifícios, sem a recuperação correspondente, mesmo com os elevados custos de operação e manutenção”. Segundo Leonardo Arruda, o concreto utilizado na ampliação de Alcaçuz será, aproximadamente, quatro vezes mais resistente que o tradicional.

“A alta resistência a esforços, abrasão, fogo, tiros, ataques químicos, aliados à estanqueidade, a baixa porosidade e a ausência de ferragem, conferem aos materiais uma performance de grande durabilidade, conforto e salubridade, de cerca de 3 vezes mais, em relação aos concretos de alta resistência tradicionais. Também são adotadas grades de aço.

FONTE-TN